Há 2.007 anos, quando nossos ancestrais habitavam as cavernas, as crianças - que não tinham idade para caçar - eram diariamente mandadas a uma sala da caverna, para diminuir a destruição e o incômodo que causavam. O mais distinguido ancião da tribo que tivesse passado da idade de caçar era encarregado delas, e o melhor que podia fazer era ensinar-lhes a tradição, a mitologia, e a boa conduta na vida diária da tribo. Decorando, as crianças eram logo capazes de recontar, palavra por palavra, a história do Grande Orelha, o grande caçador de mamutes, de contar nos dedos dos pés e das mãos o número de folhas de figo necessárias para temperar uma sopa de leão para doze pessoas e de recitar os 17 versos do grande poema do Fogo que Podia.
Aprender não era fácil. Afinal, só havia uma quantidade determinada de coisas que poderiam ser memorizadas mecanicamente e só cálculos simples poderiam ser feitos nos dedos das mãos e dos pés. Ainda assim, esse aprendizado era realizado com prazer por todos. Um dia, a palavra chegou com os pássaros migratórios de uma nova tecnologia, uma ‘tecnologia em muitos séculos de invenções’: O Lápis. Foi um burburinho é, sem hesitação, dois anciões foram mandados à Grande Caverna para aprender tudo sobre aquela maravilha. Quando voltaram, uma sala especial da caverna foi imediatamente aparelhada para se fazerem estudos sobre o lápis. Foi acarpetada com as maiores folhas de mamoeiro e mobiliada com almofadas especiais, feitas de pêlo de camelo (daí a origem da palavra software). Nenhuma criança podia entrar na sala sem lavar as mãos!
Fascinado com a nova tecnologia, o ancião mais voltado para o futuro foi nomeado para começar o planejamento e o ensino dos Estudos sobre a Capacidade do Lápis na sala recém aparelhada. Aliás, bastante cedo, surgiu um completo e o mais interessante currículo de Lapislogia. E como era interessante! O currículo trazia tópicos maravilhosos! Como apontar um lápis e como usar a outra ponta para apagar; como equilibrar um lápis na orelha e como segurá-lo entre os dedos. A criança estudiosa, que tivesse sido bem sucedida nessas etapas mais difíceis, poderia começar a usar o LapisLogo (para desenhar flores), o LapisScribe (para rabiscar letras) e o LapisSupposer (para traçar a área de folhas de desenho incomum). As crianças mais bem sucedidas, a nata da nata, poderiam ainda entrar no LapisBase - para enumerar as invenções de armas da tribo, o campo de caça e a família das árvores.
Um desenvolvimento interessante deu-se bem diante dos olhos dos anciães. As crianças começaram a escrever.Havia, é claro, alguma preocupação com relação à possibilidade de esse novo empreendimento interferir (ó Deus!) no que tinha sido desenvolvido no ensino de rotina da caverna regular. Lá, os professores (naquele momento já havia dois) estavam verdadeiramente preocupados como fato de que a introdução do lápis na sala privilegiada pudesse forçar algumas mudanças no aprendizado mecânico, tão bem estabelecido. Na verdade, havia uma mulher da tribo, conhecida pelo seu modo provocativo de encarar a vida (ela uma vez sugeriu que as crianças inventassem suas próprias histórias, mas é claro que em silêncio), que propôs usar o lápis em todas as atividades de aprendizado das crianças, talvez para escrever, possivelmente para fazer contas.
Mas não havia realmente espaço para esse tipo de preocupação. Por que, afinal, alguém, com exceção da excêntrica mulher, chegaria a sugerir que aquele maravilhoso currículo de Lapislogia, supervisionado por renomados peritos, com suas possibilidades de desenho, escrita e cálculo, fosse tirado da sua sala especial para substituir o aprendizado automático? Por que um lápis deveria ser usado como instrumento nas rotinas diárias? E, o mais importante, por que no mundo alguém iria pensar em acabar com a mais glamurosa das salas, tão bem acarpetada e mobiliada, e ter sua peça mais valioso, o Lápis, distribuída entre outras salas e a professores de menor merecimento? A sabedoria prevaleceu. Não se permitiu a entrada de lápis na sala de aprendizado regular.(Fonte: “O laboratório de computador: uma má idéia, atualmente santificada”, de Gavriel Salomon).
Aprender não era fácil. Afinal, só havia uma quantidade determinada de coisas que poderiam ser memorizadas mecanicamente e só cálculos simples poderiam ser feitos nos dedos das mãos e dos pés. Ainda assim, esse aprendizado era realizado com prazer por todos. Um dia, a palavra chegou com os pássaros migratórios de uma nova tecnologia, uma ‘tecnologia em muitos séculos de invenções’: O Lápis. Foi um burburinho é, sem hesitação, dois anciões foram mandados à Grande Caverna para aprender tudo sobre aquela maravilha. Quando voltaram, uma sala especial da caverna foi imediatamente aparelhada para se fazerem estudos sobre o lápis. Foi acarpetada com as maiores folhas de mamoeiro e mobiliada com almofadas especiais, feitas de pêlo de camelo (daí a origem da palavra software). Nenhuma criança podia entrar na sala sem lavar as mãos!
Fascinado com a nova tecnologia, o ancião mais voltado para o futuro foi nomeado para começar o planejamento e o ensino dos Estudos sobre a Capacidade do Lápis na sala recém aparelhada. Aliás, bastante cedo, surgiu um completo e o mais interessante currículo de Lapislogia. E como era interessante! O currículo trazia tópicos maravilhosos! Como apontar um lápis e como usar a outra ponta para apagar; como equilibrar um lápis na orelha e como segurá-lo entre os dedos. A criança estudiosa, que tivesse sido bem sucedida nessas etapas mais difíceis, poderia começar a usar o LapisLogo (para desenhar flores), o LapisScribe (para rabiscar letras) e o LapisSupposer (para traçar a área de folhas de desenho incomum). As crianças mais bem sucedidas, a nata da nata, poderiam ainda entrar no LapisBase - para enumerar as invenções de armas da tribo, o campo de caça e a família das árvores.
Um desenvolvimento interessante deu-se bem diante dos olhos dos anciães. As crianças começaram a escrever.Havia, é claro, alguma preocupação com relação à possibilidade de esse novo empreendimento interferir (ó Deus!) no que tinha sido desenvolvido no ensino de rotina da caverna regular. Lá, os professores (naquele momento já havia dois) estavam verdadeiramente preocupados como fato de que a introdução do lápis na sala privilegiada pudesse forçar algumas mudanças no aprendizado mecânico, tão bem estabelecido. Na verdade, havia uma mulher da tribo, conhecida pelo seu modo provocativo de encarar a vida (ela uma vez sugeriu que as crianças inventassem suas próprias histórias, mas é claro que em silêncio), que propôs usar o lápis em todas as atividades de aprendizado das crianças, talvez para escrever, possivelmente para fazer contas.
Mas não havia realmente espaço para esse tipo de preocupação. Por que, afinal, alguém, com exceção da excêntrica mulher, chegaria a sugerir que aquele maravilhoso currículo de Lapislogia, supervisionado por renomados peritos, com suas possibilidades de desenho, escrita e cálculo, fosse tirado da sua sala especial para substituir o aprendizado automático? Por que um lápis deveria ser usado como instrumento nas rotinas diárias? E, o mais importante, por que no mundo alguém iria pensar em acabar com a mais glamurosa das salas, tão bem acarpetada e mobiliada, e ter sua peça mais valioso, o Lápis, distribuída entre outras salas e a professores de menor merecimento? A sabedoria prevaleceu. Não se permitiu a entrada de lápis na sala de aprendizado regular.(Fonte: “O laboratório de computador: uma má idéia, atualmente santificada”, de Gavriel Salomon).
11 comentários:
Este texto nos faz imaginar ou voltar ao tempo ou seja 2.007 anos atrás sem sequer um lápis para escrever. Imaginamos se fosse hoje sem o recurso e a tecnologia que ora utilizamos, que sem os quais não conseguiríamos sobreviver neste mundo globalizado.
Temos ainda hoje nas nossas escolas muitos traços dessa metáfora do lápis.Comparando com o uso do computador o aluno muitas vezes passa longe do mesmo pois o medo de "estragar" ainda prevalece. Em muitas escolas ele serve mais para enfeite de uma sala do que para uso do ensino.
Na verdade, quando nos deparamos no nosso dia a dia com inovações temos dificuldades para absorve-las, porém as novas inovações vem para ajudar - mos a melhorar o desempenho de nossas atividades, sejam cotidianas ou profissionais.
O texto "Metáfora do lápis" remete-nos à idéia de que muitas vezes as invenções parecem esquisitas e/ou até impossíveis. Mas, para os que sempre sonham, qualquer sonho pode se transformar em realidade. Aplicando-se isso ao processo educacional, pode-se dizer o quanto se pode idealizar e realizar em prol de uma educação progressiva, promissora e, acima de tudo, capaz de dar a quem dela precise condições de enfrentar as exigências do mundo moderno.
A cada dia nós somos surpreendidos com os avanços da tecnologia,por isso temos que acompanhar as inovações para não ficar -mos desatualizados do nosso grande universo.
Como educador creio que o texto "Metáfora do lápis" nos faz lembrar da pedagogia tradicional, onde o aprendizado se limitava somente a quatro paredes e na base do decoreba, onde o professor era o detentor do saber e os alunos meros receptores de conhecimento, não havendo troca de experiências.
Nos tempos atuais a educação não se realiza somente em sala de aula mais em todos os momentos e locais oportunos, utilizando-se dos mais variados meios e recursos para podermos chamar a atenção do educando e interagir de forma recíproca na busca do conhecimento que é ilimitado.
Não devemos ter medo do novo mais utilizá-lo de forma adequada em nosso benefício como educadores. E como diria meus pais, nuca devemos dar o peixe logo pronto, mais primeiramente ensinar como se pesca.
A realidade descrita neste texto esta presente em nossa atualidade no que se refere aos constantes avanços tecnológicos, que estão crescendo aceleradamente, naõ oportunizando o acesso a todas as pessoas,pois a maioria das pessoas desprivilegias economicamente ficam ca da vez mais distantes dos mesmos.
Podemos observar que o texto faz referência a um tempo remoto onde o simples uso do lápis causou uma grande revolução. Imaginemos ainda o que aconteceria nos dias de hoje o grande avanço das inovações tecnológicas, tais como o uso do computador em sala de aula.
Esse texto faz referências ao computador e as novas tecnologias que a cada dia ficam mais avançadas.Lembrando que o computador futuramente será substituído por uma tecnologia mais avançada.
O texto nos remete aos laboratórios de informática de nossas escolas.A maioria dos alunos passam ao longe, pois alguns professores ainda temem estragar a máquina.
Temos que acompanhar a evolução, do contrario ficaremos à margem da tecnologia.
O texto a metáfora do lápis me faz refletir que a tecnologia não existe de hoje, e sim de muitos tempos atrás e que a cada dia o homem só vem descobrindo melhores maneiras de como avançar cada dia essa tecnologia.
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